Saia da zona de conforto e experimente os resultados do mundo digital

17 de março de 2020

Conheça os principais desafios de fazer transformações digitais em sua empresa e saiba como superá-los.

O momento é de transformação digital no varejo e de encontrar ferramentas que aliem o ambiente físico ao online com o objetivo de atrair e fidelizar o consumidor. Pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL) mostra que a maior parte das empresas goianas está atenta a esta necessidade. Conforme o estudo, 49,4% dos empresários goianienses estão preparados para os desafios do mundo digital e do comércio eletrônico.

Apesar da necessidade de o varejo atuar tanto ambiente físico como no digital, apenas 21% dos empresários entrevistados afirmaram ter comércio eletrônico. Outros 30,6% disseram que não possuir esse tipo de canal de vendas, mas que pretendem ter. No entanto, 47,5% dos entrevistados disseram que não pretendem atuar no ambiente virtual.

Para o professor e consultor em marketing, vendas e mídias digitais, Leonardo Diogo, o fato desse número de empresários não terem intenções em realizar ações digitais está ligado a questões culturais, ao medo ou insegurança de atuação no mundo virtual e, principalmente, pela questão estrutural das empresas. Afinal, para se realizar uma operação de e-commerce ou concretizar uma transformação digital é preciso dedicação, tempo e recursos tecnológicos, conforme a análise do consultor.

Os desafios das ações digitais das micro, pequenas e médias empresas

Leonardo também afirma que a atuação virtual e o e-commerce podem ser utilizados por empresas de qualquer tamanho. O diferencial, segundo ele, será o tipo de e-commerce do negócio ou tecnologia que será utilizada, seja via rede social ou por uma plataforma mais robusta, mas o grande desafio é sair da zona de conforto.  “Imagine o seguinte, você é um varejista e você já vende, às vezes a pessoa, culturalmente falando, quer bater na tecla que ela já conhece, é mais confortável”, analisa. O professor destaca que essa é uma grande dificuldade de popularizar o e-commerce entre as micro, pequenas e médias empresas, já que faz parte da nossa cultura trabalhar com algo que é mais fácil e conhecido.

Apesar disso, o consultor ressalta que é preciso abrir a mente, procurar cursos e investir. E afirma, “as pessoas precisam se dedicar mais para começar uma operação, e-commerce não funciona sem teste e sem dar um pontapé”. Neste sentido Leonardo ressalta iniciativas de informações e cursos promovidos pelo Sebrae, pela CDL e outras instituições de ensino que oferecem orientações sobre a atuação no mercado virtual.

O professor também acredita que as micro, pequenas, médias e grandes empresas do varejo competem de maneiras diferentes na transformação digital. “Vejo que micro, pequenas e médias empresas ajudam muito o comércio eletrônico na diversificação de mix, na diversificação de produtos, de cultura inserida dentro desses e-commerces, elas ajudam muito a trazer quase que uma identidade própria para os negócios, adaptações, peculiaridades e tudo mais. Já o grande varejista, ele acaba sendo o maior impacto para a transformação digital, porque é aquele que traz mais inovações tecnológicas”, garante.

 

Mas como realizar ações digitais na prática?

O professor indica que o empresário pode começar um e-commerce ou ações virtuais por meio de uma plataforma conhecida como o Instagram, por exemplo, ou em uma plataforma mais barata, para depois migrar para uma plataforma mais robusta, conforme o crescimento da atividade.

Além disso, Leonardo ressalta a importância da contratação de um profissional ou de uma consultoria especialista na área, dependendo do tamanho da operação de sua empresa. “Existem consultores do mercado que fornecem esse tipo de trabalho, te ajudam com relação a metodologia, a indicadores, a ferramentas, a processo e metodologia de uma forma geral e treinamentos. Não só um profissional que vai trabalhar com a plataforma, mas com todo o sistema logístico, desde a inserção do produto até o envio deste mesmo produto”, explica.

Outra dica importante apontada pelo professor é aliar ações offline e online para que elas andem juntas, uma complementando e fortalecendo a outra. Leonardo aponta que até varejistas digitais, como a Netshoes, também fazem ações offline em eventos e na TV.  “É inegável que a mídia offline ainda impacta muito, ela ainda tem um reforço que a mídia digital não consegue penetrar”, afirma.

Mesmo parecendo que os desafios sejam grandes, os resultados valem a pena. Leonardo garante que vários negócios começaram 100% digitais e, hoje, permeiam bem em duas plataformas. “No seguimento de alimentação, a Padaria Delivery e a Bendita Feijuca são exemplos bem legais”, aponta como empresas que obtiveram excelentes resultados em ambientes virtuais.

E a sua empresa, está preparada para experimentar os frutos dos trabalhos nos meios eletrônicos? Inove, renove-se e transforme-se com a tecnologia!

 

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