NOTA OFICIAL

11 de março de 2021

Conscientes da necessidade de um esforço mútuo para conter o avanço da contaminação da COVID-19 no país, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL) vem manifestar-se a respeito das novas determinações para o fechamento do comércio como forma de prevenção da disseminação do vírus.

Convictos da essencialidade do funcionamento do comércio e serviços, setor responsável por 73% do PIB nacional, e o que mais gera empregos no Brasil, repudiamos que as consequências e as medidas punitivas decorrente de aglomerações irresponsáveis e das exceções que descumpriram os protocolos de saúde pública, pelas quais levaram às recentes decisões de lockdown, recaiam sobre aqueles que, de maneira responsável, contribuem para o desenvolvimento social e econômico.

É importante lembrar que a maioria dos estabelecimentos comerciais tem seguido e investido rigorosamente nos protocolos sanitários listados pela OMS, como a exigência do uso de máscaras, limitação de entrada de pessoas nos estabelecimentos, disponibilização de álcool em gel, higienização e demais recomendações, com isso garantindo o funcionamento de suas atividades de forma segura e consciente.

Estamos certos de que o fechamento do comércio abruptamente sem critérios claros e pré-determinados não é o melhor caminho para o enfrentamento da crise sanitária no atual cenário, uma vez que junto a ela reside um problema social. A medida só contribuirá para o agravamento da crise econômica do país e consequentemente para o aumento do desemprego.

Diante do exposto, a CDL Goiânia propõe a adoção de medidas fundamentais e eficientes de combate à pandemia como:

a) Diálogo do governo do Estado com a Presidência da República para retomar programas de preservação do emprego e renda;
b) Prorrogação do recolhimento e dos tributos estaduais e municipais;
c) Incentivos fiscais por, no mínimo 2 anos, para as categorias mais afetadas do setor de comércio e serviços;
d) Linha de crédito acessível, com juros reduzidos, facilitados por meio de tecnologias inclusivas.
e) Aumento da fiscalização para a atuação do comércio responsável;
f) Campanhas de conscientização da população por parte do governo;
g) Coibir e fiscalizar festas clandestinas e aglomerações;
h) Os pequenos são os mais penalizados e os que menos geram aglomeração;
i) Fiscalização do cumprimento dos protocolos sanitários, inclusive para os informais;
j) Transporte público: aumentar a frota, implementar transporte alternativo e fomentar a integração das linhas pela adoção de tecnologias que minimizem o acúmulo de pessoas nos pontos e terminais;
k) Escalonar o funcionamento das atividades econômicas;
l) Funcionamento das lojas com vendedores que possuem condução própria e colaboradores administrativos em home-office;
m) Agilizar a vacinação em massa da população.

 

Lembramos ainda, que o quadro fica ainda mais agudo para o setor de comércio e serviços quando as medidas emergenciais do governo, como Auxílio Emergencial, implementado para suavizar o choque inicial da crise, já não se apresentam no mesmo formato de quando foi implementado em 2020.

Os empresários goianos estão cientes de suas responsabilidades e têm demonstrado compromisso com a implementação em seus negócios dos protocolos sanitários de prevenção da Covid-19, prezando principalmente pela saúde e sobrevivência das pessoas físicas, mas também das pessoas jurídicas. São as atividades da iniciativa privada que garantem a manutenção dos postos de trabalho e ajudam a equilibrar as contas públicas com seus impostos, tão importantes nesta hora.

Neste sentido, também se faz necessária a manutenção das medidas de socorro e amparo aos empregadores, empregados e negócios impactados pela pandemia, uma experiência que se mostrou eficiente na primeira fase da doença no Brasil.

Seguimos confiantes no Plano Nacional de Vacinação e na imunização ampla da população, no nosso entender a principal arma contra a Covid-19.

 

 

 

GEOVAR PEREIRA

Presidente da CDL Goiânia

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