Inadimplência do consumidor goiano cai, em relação a abril de 2019, segundo SPC

18 de maio de 2020

Confira a análise sobre a queda do número de inadimplentes em Goiás, em relação a abril do ano anterior.

De acordo com relatório do SPC Brasil, o número de inadimplentes de Goiás caiu ‐0,15% em abril de 2020, em relação a abril de 2019. O dado ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (3,05%) e abaixo da média nacional (2,91%). Na passagem de março para abril, o número de devedores de Goiás cresceu 2,85%. Na região Centro‐Oeste, na mesma base de comparação, a variação foi de 2,71%.

A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva em Goiás em abril foi o da faixa de 30 a 39 anos (27,00%).

Além disso, em abril de 2020, o número de dívidas em atraso dos consumidores goianos caiu ‐2,64%, em relação a abril de 2019. O dado ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (1,96%) e abaixo da média nacional (0,60%). Na passagem de março para abril, o número de dívidas de Goiás cresceu 2,31%. Na região Centro‐Oeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de 2,46%.

Dina Marta Correia, superintendente da CDL Goiânia, explica que há uma subnotificação, o que justificaria, inclusive, a queda de 0,15% no número de devedores em abril em comparação com o mesmo período de 2019. Ela ressalta que a maior parte das empresas teve de suspender as atividades por conta das medidas de isolamento social do Estado e parte delas não incluiu os inadimplentes no banco de dados. Isso faz ter um retrato apenas parcial da situação.

“Eu não tenho dúvida de que o número seria diferente se as empresas estivessem com as atividades normais”, afirma. Ela também cita o caso de comércios que utilizam crediário, o famoso carnê, em que os clientes não conseguiram pagar o boleto, mesmo que pudessem, porque as lojas estavam fechadas.

“Há uma inadimplência, mas ela precisa ser notificada e isso não foi feito”, destaca Dina. E complementa, “não sabemos quando a crise vai passar e com lojas fechadas a tendência é que pessoas sejam desligadas, ou seja, cresce o desemprego e a inadimplência tende a subir.” Apesar da subnotificação na análise atual, Dina defende que seguro-desemprego e o auxílio emergencial do governo federal podem ter freado um aumento ainda mais expressivo nas dívidas dos goianos. “No futuro, as medidas vão esgotar e vamos depender de como o governo vai reagir e socorrer as empresas.”

Confira o relatório da pesquisa na íntegra aqui.

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