46% das pessoas pretendem comprar presentes para si mesmo no Natal, estimam CNDL/SPC Brasil

10 de dezembro de 2020

Pesquisa realizada em parceria com a Offer Wise aponta que o ato de se auto
presentear teve uma queda de 19 pontos percentuais em comparação com o ano
passado. 72 milhões de pessoas devem ir às compras neste ano com este objetivo.

A pandemia da Covid-19 alterou a forma como as pessoas irão comemorar o Natal. A
crise econômica e a insegurança a respeito dos próximos meses deixaram os brasileiros
mais cautelosos em relação às compras de final de ano. Levantamento realizado pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, nas 27 capitais brasileiras,
aponta que 46% consumidores devem se auto presentear na data — uma queda de 19
pontos percentuais em relação a 2019. A expectativa é de que 72 milhões de pessoas
comprem algum presente para si mesmas neste fim de ano, o que promete injetar cerca
de R$ 25 bilhões na economia.

O ato de se auto presentear é comum no final do ano, tanto pelo aspecto emocional em
suprir uma necessidade, quanto à reconfortante ideia do “eu mereço”. De acordo com
o levantamento, entre os que estão dispostos a comprar presentes para si mesmos, 44%
afirmam que o fazem por precisar de algum produto e, por essa razão, aproveitam esta
época. Outros 39% justificam ser uma recompensa por terem trabalhado muito em
2020, enquanto 15% admitem que o Natal é somente um pretexto para comprar.

O gasto médio do presente será de R$ 163, sendo que 41% têm intenção gastar até R$
150 com cada item. Em média, a pesquisa mostra que os consumidores planejam
comprar dois presentes para si próprios. Os itens mais desejados são roupas (54%),
calçados (34%), perfumes e cosméticos (24%), acessórios (19%), Smartphone (15%) e
livros (12%).

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, apesar da cautela da população, o Natal
ainda é a principal data de compras do ano e tem uma função importante na economia
do país.

“O setor já esperava alguma insegurança por parte da população, mas o brasileiro deve
manter a tradição de comprar presentes e também de se auto presentear, mesmo que
com mais cautela”, diz José César. “O varejo aguarda ansioso pelas vendas de final de
ano para a retomada das suas atividades, tão impactadas pela pandemia”, destaca.

52% dos pais admitem que filhos influenciam na escolha dos presentes que vão
ganhar; 18% afirmam que deixarão de pagar alguma conta para atender vontade das
crianças
A pesquisa também mostra que os filhos seguem tendo grande influência na escolha
dos presentes que vão ganhar. Se por um lado, o estudo revela que 42% dos
consumidores com filhos dizem comprar sozinhos os presentes das crianças, outros 52%
admitem que os filhos são os verdadeiros influenciadores na hora da escolha: 39%
permitem que os filhos tenham a palavra final sobre o presente, enquanto 13%
escolhem conjuntamente com os pais.

Outro dado significativo refere-se ao peso do presente dos filhos no orçamento
doméstico. Quase 18% dos entrevistados admitem que vão deixar de pagar alguma
conta para atender às vontades de seus filhos, um aumento de 7 pontos percentuais em
relação ao ano passado, sendo que a maioria (12%) ainda não sabe qual conta deixará
de pagar, enquanto 4% afirmam que deixarão de pagar o cartão de crédito e 3% os
impostos de início de ano.

“Mesmo com o 13º, as promoções incentivando as compras e a insistência dos filhos, os
pais não devem esquecer o planejamento financeiro para evitar entrar no próximo ano
endividados” alerta a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges. “Manter um
teto de gastos é fundamental para não comprometer o orçamento familiar e o
pagamento das contas”, lembra.

Gostou do conteúdo? COMPARTILHE
Em que podemos te ajudar?